terça-feira, 29 de maio de 2007

Msm conhecendo o THB como conheço hj e me esforçando pra ser objetiva com relação a isso, tem dias como hoje que eu só queria q essa triste fosse embora....

Esse buraco negro me faz sentir a pessoa mais sozinha da face da terra...



P.S.: Todo bipolar deveria ter o direito de ter um diretor de logística....

sábado, 26 de maio de 2007

Pau no cu da culpa católica!!!

Já andava pensando sobre isso...
Até onde minha educação me fez pisar no freio com relação à compulsão por sexo?
Até onde a culpa católica me preservou de situações vexatórias e me excluiu de situações infinitamente prazerosas????

Oca...

É exatamente assim quem me sinto...
Tenho passado quase 20 horas dormindo, mas a qualidade continua péssima! É como se todos os fantasmas da vida real me perseguissem em sonho e não me deixassem realmente dormir!
Sonho que estou atrasada pro trabalho, acordo assustada pq minha irmã deveria estar dormindo no meu quarto e ñ está (2 anos depois?), sonho com muuuita água, inundando, sufocando....
Eu continuo pensando e racionalizando mesmo dormindo! Com o agravante de que perco tudo o que acontece na vida real...
Não acordo com aquela famosa "ressaca", mas acordo ainda querendo silêncio, sem querer conversar ou ouvir... Sem querer dar uma volta ou, até mesmo, sair da cama!
E tudo o q consigo pensar é: meus dias estão passando! Eu quero aproveitar! Eu quero viajar! Quero sair e dar risada! Quero cantar e dançar! Não quero ficar dormindo....

segunda-feira, 21 de maio de 2007

MARÉS

Cantei sorri pulei gritei
Odiei sofri parei calei

Briguei ofendi magoei xinguei
Lamentei senti meditei chorei

Sonhei parti voei surtei
Acordei agradeci voltei louvei

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Menos um dia...

Quero falar sobre duas coisas: amigos virtuais e Deus, mas hoje preciso falar de mais um dia perdido.... E menos um dia de licença...
Ontem, fui procurar mais um médico: um neuro-psiquiatra muito bem recomendado pela única médica q eu confio no momento. Meu pai gastou mais de R$ 500,00 pra me levar lá e o FDP disse q ñ era a especialidade dele, q eu ñ provei q alguma vez na vida tinha sentido depressão, me mandou tomar outros 3 remédios e após um mês procurar um psiquiatra. Nem era pra voltar nele! Pra q perder um mês tomando remédios q provavelmente serão trocados pelo psiquiatra? EU NÃO TENHO UM MÊS A PERDER!!!!
Estou sem chão e sem saber o q fazer... As pessoas esperam q eu encontre essas respostas... EU Ñ SEI O Q FAZER!!! Minhas esperanças de encontrar alguém q saiba e entenda o q eu tenho diminuem a cada dia e vai tomar no cu quem vier me dizer q eu tenho de confiar em Deus pq isso ñ tem nada a ver com a minha crença e confiança em Deus!
Droga! Meu pai ñ é rico! Longe disso! Dói ver ele torrando um dinheiro q ñ tem pra tentar me ajudar e um FDP tratar o dinheiro dele como se fosse papel!
Estaria me sentindo oca por dentro hj se não fosse essa raiva q só vem acumulando! Cada tentativa frustrada me deixa com mais raiva!
Se eu ñ soubesse o q é ficar sem remédio algum, seria a minha decisão de hj. Mandar tudo isso à merda!

terça-feira, 15 de maio de 2007

Saudade...

Há alguns dias atrás, deixei como mensagem pessoal no msn a palavra "saudade". Recebi umas 5 msgs perguntando de quem...
Na ocasião, minha saudade era tããããão abrangente q não se restringia a apenas uma pessoa.
Era uma saudade de viver, da época em que eu tinha uma barreira emocional q me permitia encarar o mundo e as pessoas... Saudade de rir numa roda de amigos regada a cerveja (ou não), saudade de beijar na boca, de sentir o coração acelerado por causa de alguém.... Saudade da época em que ainda achava q meus pais eram heróis e que iam me tirar dessa de qualquer jeito... Saudade de ser a artista principal sempre! Ou melhor, de ter a estrutura emocional pra me manter no posto de protagonista q algumas pessoas sempre insistiram em me colocar (um dia eu explico isso melhor)...
Sentia saudade da minha vidinha mais ou menos de antes....
Mas, a cada dia, aumenta minha saudade de duas pessoas que eu sempre considerei importantes na minha vida: minhas duas melhores amigas...
É engraçado! Não entendo ainda essas formas diferentes de demonstrar carinho e atenção... Quer dizer, entendo quase sempre desde que não seja uma pessoa q eu queira bem! Pq aí meu cérebro trava e eu simplesmente sofro por não sentir retorno no carinho, no afeto, na atenção e na preocupação q eu derramo em cima de quem eu gosto tanto, seja pai, mãe, irmã, amigo...
Qualquer novato em orkut, por exemplo, passa seus primeiros dias entupindo seus amigos de testimonials, dizendo o qto gostam e blá-blá-blá... Bem, foi isso, pelo menos, q eu fiz... Corri pra dizer pras 2 o qto gostava delas! Fui bem infantil (e, pelo visto, devo continuar sendo) pedindo um depoimento de volta... Muito tempo depois, mais de um ano pra ser sincera, ganhei um q dizia q amor se pratica e q não precisa ficar registrado... Eu pratico amor, mas minha essência me faz demosntrar tb isso sempre q eu sinto necessidade...
Bem, deu pra entender, né? Ganhei UM! Forçado!
Quanto ao outro, desisti... Antes achava q era dificuldade de escrever pra qq pessoa, mas como tem gente q ganhou...
Dane-se quem pense q é ciúme e posse! Foda-se!
O q importante é q sinto falta dessas demonstrações de preocupação...
Se eu não tivesse 4 pessoas pra chamar de família e umas 3 para chamar de colega de trabalho, eu estaria lutando pros meus neurônios funcionarem com normalidade SOZINHA!
Será q eu sou uma pessoa tão difícil de se lidar assim? Custa um torpedo, um e-mail? Um "como vc está se sentindo"? Não espero mais um "em q posso ajudar" pq sei como meu gênio fica péssimo e como trato as pessoas nessas horas. Será isso então?
Pq, se for, essa vai ser mais uma das mts perguntas q eu vou fazer a Deus um dia: q merda de brincadeira é essa de me trazer ao mundo com uma doença q me afasta até das pessoas q eu gosto??
FDP!!!
Se for pra eu entender q tá na hora de rever conceitos e refazer amizades, dá pra ser mais específico, dá pra desenhar? Pq meu cérebro tá em curto-circuito! Ou vc se esqueceu disso??????
Amigas, eu amo vcs, mas, nesse momento, EU ODEIO VOCÊS e toda a ausência q vcs me fazem sentir!
Isso só me faz sentir q terei de passar o resto da minha vida fingindo como se fosse algo q não sou só pra não ficar sozinha... E eu odeio vcs por me fazerem pensar assim!
A droga da amiga q compra presentinho, q paga viagem, q resolve problema em banco, q dá conselho, tá aqui sofrendo, querendo colo, e vcs nem percebem....

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Tudo ao mesmo tempo agora!!!

Não sei quem disse isso (será que foi em alguma música?)...
Me lembra Cazuza... Sei lá...
Só sei que minha cabeça não pára!
Ainda não encontrei nada que faça minha mente se aquietar.
Meu pai me disse há alguns dias q todo mundo pensa....
Ai, pai, desculpe, mas qta ignorância sobre mim!
Eu penso em zilhões de coisas ao mesmo tempo, eu penso sobre a mesma coisa o tempo todo...
Estava lendo um livro... O livro tava legal... Comecei a me envolver com os personagens de uma história bonitinha, romântica, água com açúcar.... Pronto! NÃO DURMO MAIS! Mesmo que meus olhos queiram ficar fechados!
Eu quero viver aquela história!
Eu quero VIVER aquela história!!!
Eu quero sentir concretamente o q eles sentem na ficção, na minha imaginação!
Eu queria ser a personagem!
E isso é frustrante! Perto dessa historinha de Sessão da Tarde minha vida parece ser tão sem acontecimentos.... E olha q eu tenho uma doença séria pra tratar, um saldo devedor no banco q só vai aumentar no decorrer da semana, um aluguel para contratar, uma negativação no SERASA (injusta!) pra resolver, um celular comprado em 2005 q nunca chegou... E tudo isso até dia 09/07/2007!
Minha licença termina nesse dia! Estou em contagem regressiva e completamente descrente de uma mudança efetiva e duradoura em tão pouco tempo!
Alguém me diz o q eu posso fazer?
Eu não sei q médico procurar! Estou realmente esgotando minhas possibilidades em Campos! E nenhuma delas soube me tratar da maneira correta! Me recuso a voltar em um médico q acredita q o q eu sinto possa ser resolvido com vitaminas anti-stress...
Ir pro Rio de novo? A viagem por si só já me cansa! "E quem poderá me ajudar lá"???
Continuar só com a terapia aqui? Ver como funciona a terapia com os atuais "remédios certos"?
E SE NÃO RESOLVER????
E SE NÃO RESOLVER?????
E SE NÃO RESOLVER??????
Eu tenho de voltar ao trabalho normal! Ninguém mais estará disponível e sensível às minhas queixas e às minhas limitações!
Me falaram pra não pensar nisso no fds... Rá! Eu sinto isso ALL THE TIME, for God's sake!!! Como não pensar nisso enqto estou sentindo????
A química em seu cérebro não funcionar como deveria é a maior peça q Deus pode pregar numa pessoa!!!! É como se te dissessem: oh, vai lá... se esmere pra ser perfeito e nunca tire o sorriso do rosto pq na hora q isso acontecer ninguém mais vai te levar a sério! Panaca!

Sabe qdo alguém escreve exatamente o que vc sente???

(...) É claro que, às vezes, eu dizia q estava deprimida, e qdo elas me perguntavam "mas por quê?", e eu lhes contava a respeito de um namorado infiel, ou um dia ruim no trabalho, ou ñ conseguir entrar na saia q comprara no verão passado, elas se mostravam mais do q solidárias.
Mas ñ imaginavam que, às vezes, eu ficava deprimida com "D" maiúsculo. Daniel era uma das poucas pessoas fora da minha família q realmente sabiam.
Eu tinha vergonha de me sentir assim. As pessoas achavam q a depressão era uma doença mental e que, em conseqüência dela, eu era uma doida completa com quem precisavam falar bem devagar e de quem era melhor se manter longe. Ou, mais freqüentemente, achavam q ñ existia essa história de depressão, e tudo era apenas um conceito vago e neurótico. A versão atualizada da pessoa que "sofre dos nervos", q todo mundo considerava como "uma pessoa que sente pena de si mesma, sem motivos". Ou achavam q eu estava simplesmente de frescura, entregando-me a alguma ansiedade adolescente q já passara totalmente da data de validade. E q tudo o q eu tinha de fazer era simplesmente "me controlar", "sair fora dessa" e "levar a vida na esportiva".
Eu conseguia entender essa atitude, pq todo mundo fica deprimido de vez em qdo. Faz parte da vida, faz parte do pacote, dias ensolarados e outros com dor de ouvido.
As pessoas ficam deprimidas por causa de dinheiro. Coisas desagradáveis aconteciam com as pessoas. E as pessoas se sentiam péssimas a respeito dessas coisas.
Eu sabia de tudo isso, mas a depressão q me acometia ñ era uma crise ocasional de tristeza, ou uma dose da insatisfação brava do tipo Holly Golightly, embora eu tb sentisse essas coisas, aliás, com freqüência. Mas tb um monte de gente sente isso, especialmente se tiver bebido muito e dormido pouco a semana inteira, mas esse tipo de tristeza e de insatisfação brava era coisa de criança se comparado com os demônios negros e os assassinos que desciam sobre mim de vez em quando para brincar de crucificar a minha cabeça.
A minha não era uma depressão comum, ah, não, a minha era o modelo super, de luxo, top de linha, versão completa.
Não que isso parecesse óbvio de imediato na 1ª vez em q a pessoa me via. Eu ñ me sentia podre o tempo todo. Na verdade, durante boa parte do tempo eu era brilhante, envolvente e tinha personalidade marcante. Mesmo qdo me sentia terrível, fazia força para ñ aparentar. Só qdo as coisas começavam a ficar tão desesperadoras q já ñ davam para esconder é q eu me enfiava na cama por um período q variava de dois dias a uma semana, e esperava aquilo passar. O q invariavelmente acontecia, mais cedo ou mais tarde.

(...)

Tinha dezessete anos e então, sem motivos, a não ser os óbvios, enfiei na cabeça a idéia de que o mundo era um lugar mt triste, solitário, injusto, cruel e doloroso.
Ficava deprimida por causa das coisas q estavam acontecendo com pessoas de recantos longínquos do mundo, gente que ñ conhecia nem, provavelmente, viria a acontecer, ainda mais se considerarmos q o motivo principal de eu me sentir daquele jeito era o fato de eles estarem morrendo de fome, ou de alguma praga contagiosa, ou pelo fato de q a sua casa lhes tinha caído por sobre a cabeça durante um terremoto.
Chorava diante de qq notícia q visse ou ouvisse....
Era horrendo. Eu sentia como se estivesse envolvida pessoalmente com cada foco de tristeza q havia no mundo. Era como se eu tivesse uma rede mundial de dor dentro da cabeça, uma rede maior do q a Internet, e cada átomo de pesar q já havia existido estivesse sendo canalizado através de mim, antes de ser empacotado e enviado a diversas áreas, como se eu fosse a centralizadora da miséria humana.
Eu tinha uma admirável capacidade de localizar uma tragédia, por menor que fosse, em qq lugar, e conseguia chorar até mesmo diante da descrição de pequenos bulbos de flores que morriam sob as nevascas, no inverno...
Finalmente, o doutor Thornton foi chamado. Ele diagnosticou depressão e - surpresa, surpresa! - me prescreveu antidepressivos.
Depois de algum tempo, comecei a me sentir melhor. Não feliz, nem nada do tipo...
Depois de quatro meses, o Dr. Thornton disse q já era hora de eu parar de tomar os antidepresivos...
A essa altura eu já começara as aulas de secretariado e readquirira a fé no futuro, ainda que fosse de forma frágil.
Novos horizontes se abriram com o curso.
Jamais me ocorreu q talvez eu devesse ter feito alguma outra coisa na vida. Por mt tempo, achei q era uma honra tão grande ter a chance de fazer treinamento para secretária q nem sequer percebi o qto aquilo me entediava. E msm q eu tivesse percebido o qtp aquilo me entediava ñ teria conseguido escapar...

(...)

Assim, qdo parei de tomar antidepressivos e fui estudar secretariado, minha depressão ñ voltou com toda fúria, mas tb ñ foi embora de vez. E, por estar morrendo de medo de ficar deprimida novamente, eu, q ñ queria + tomar remédios, dediquei a minha vida a encontrar as melhores formas de manter a nuvem escura a distância, au naturel.
Queria banir por completo a depressão da minha vida, ma stive de me contentar em deixá-la represada, constantemente reforçando minhas trincheiras emocionais.
Desse modo, junto com a natação e a leitura, combater a depressão se transformou em um hobby.
Eu lia tudo o q caía em minhas mãos a respeito do assunto "depressão", e nada me levantava mais o astral do q uma história boa e suculenta sobre alguém famoso q sofria horrores por causa dela.
Eu estava em companhia de gente mt importante.

CASÓRIO?! - Marian Keyes

sábado, 12 de maio de 2007

Desabafo 3...

Eu disse que usaria minha raiva e indignação para alguma coisa...
Peguei tudo e mandei um e-mail para a unidade que trata do credenciamento do plano de saúde e para a casa de saúde.... Mandei pra todos os e-mails q encontrei no site!
Sinceramente, nem sei o que vai acontecer... No máximo, um pedido de desculpas pela perda do óculos e uma longa explicação sobre o quão profissional é a clínica....
Foda-se!
Nada disso apaga o que senti... Escrever só fez aliviar e deixar um vazio no peito! Enquanto havia raiva eu sabia que devia sentir raiva, mas o que vc sente qdo seu peito tá vazio?
Continuo programando minhas viagens, acreditando (ou querendo acreditar) que até lá estarei bem, mas também não vou me entregar! Isso ninguém vai ver! Principalmente depois do que vivi na clínica.
Quando cheguei lá e vi todas as minhas coisas indo embora, e depois sendo informada de que não havia chave para trancar nem a porta do banheiro, entrei no banho e chorei por nem sei quanto tempo.... Chorei por ter passado por aquela revista invasiva, chorei por meus pais não terem me acompanhado, chorei por ser bipolar, chorei porque não sabia o que viria a acontecer, mas chorei, principalmente, porque sabia que aquilo mudaria minha vida daqui pra frente!
Parece clichê, mas EU NÃO SERIA MAIS A MESMA PESSOA! E me questionava como seria minha vida a partir dessa mudança: os amigos seriam os mesmos, eu finalmente iria morar no meu apartamento ou seria uma mudança interna e tão tênue que só eu perceberia?
Apesar de tudo, minha curiosidade me prega a peça de sempre me fazer pensar em como teria sido se eu tivesse agüentado mais tempo lá... Queria ter podido observar as pessoas, os comportamentos, os procedimentos, a rotina... Dessa vez, não escreverei a frase "fica pra próxima".... rsrsrs...

Bem, mandei o e-mail e, como sempre, reproduzo aqui... Não cito nomes de pessoas, apenas da Casa de Saúde Saint Roman que, de antemão, não recomendo a ninguém...

Há algum tempo, fui diagnosticada como portadora de transtorno bipolar de humor. Vinha sendo medicada com antidepressivos, o que me deixavam sempre na fase maníaca. Obviamente esse excesso de energia me trouxe prejuízos financeiros, emocionais, profissionais, físicos e psicológicos.
Após a peregrinação característica dos portadores de minha doença, cuja descrição dos trâmites não precisa ser descrita aqui, encontrei um psiquiatra no Rio de Janeiro, muito bem indicado, que corroborou o diagnóstico de THB, ressaltando que eu possuía o tipo misto da doença. Um dos sintomas observados na ocasião foi a dificuldade, quase incapacidade, de "desligar" o pensamento e dormir. Nem preciso explicar o dano profissional e emocional que isso acarreta. Foi necessário, inclusive, entrar com pedido de licença médica junto ao INSS.
Assim, voltei para minha cidade (Campos dos Goytacazes) com a orientação de repouso absoluto na tentativa de dormir a maior quantidade de tempo possível.
Infelizmente, por situações alheias à minha vontade, esse descanso com qualidade não pôde ser seguido à risca aqui, o que me levou a solicitar ao psiquiatra que me acompanhava uma indicação de internação em alguma clínica conceituada e, se possível credenciada ao meu plano de saúde, com a única intenção de estar em um local calmo e responsável onde eu pudesse enfim fazer minha sonoterapia, com monitoramento.
A clínica escolhida foi a Casa de Saúde Saint Roman no bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro.
Nunca estive antes numa clínica psiquiátrica (graças a Deus!). Todas as informações que eu tinha até o dia 09 de maio vieram de livros e filmes, mas sempre acreditei que o tratamento atual era bem diferente. Acredito que meu psiquiatra deveria ter me preparado para o que viveria ali dentro e isso já foi discutido à exaustão com ele.
Porém, não posso apenas reclamar com ele e deixar o que aconteceu para trás sem antes me dirigir aos responsáveis pela Casa de Saúde Saint Roman e à XXX, unidade da XXX responsável pelo credenciamento no Estado do Rio de Janeiro.
Entrei uma pessoa exausta física e emocionalmente pela falta de sono e saí uma pessoa exaurida emocionalmente pelo tratamento que recebi nesta clínica.
Mesmo sem saber como seria minha internação, minha lógica e minha experiência de vida sempre me levaram a crer no profissionalismo da instituição. Eu não estava a passeio, mas também não estava lá porque representava algum risco à humanidade. Eu fui apenas dormir. Por um prazo indeterminado, que seria definido ao longo dos dias e de acordo com a quantidade de horas que eu conseguisse dormir e relaxar meu corpo e minha mente. Além disso, era orientação médica permancer no Rio de Janeiro mesmo após a saída da clínica, o que obviamente resultou em uma quantidade maior de bagagens. Eu estava indo pro Rio sem data pra voltar para Campos, oras! Assim, cheguei na Clínica com 2 malas e uma necessaire, além de uma bolsa com objetos pessoais (como: carteira, óculos de sol, sacola de remédios, ipod,...). E todas essas bagagens, com exceção da bolsa, possuíam cadeado e segredo para evitar qualquer possibilidade de algo vir a se perder durante minha estadia...
Repito: fui por livre e espontânea vontade para a Clínica Saint Roman para fazer sonoterapia. Nunca havia passado pela minha cabeça usar o cadarço do meu tênis para me enforcar, nem engolir todo o conteúdo do protetor solar ou qualquer outra coisa do tipo... Assim, fiquei surpresa e me senti humilhada quando vi minhas bagagens sendo reviradas atrás de objetos "perigosos". Nesse procedimento educativo, aprendi algumas maneiras interessantes de usar material do dia-a-dia para cometer suicídio! Entendo que a ausência de chave nas portas dos quartos poderia expor outros pacientes com tendências piores do que a minha de não conseguir dormir, mas existem formas e formas de se fazer isso quando um paciente está lúcido! Mas, com certeza, a que essa clínica ou seus profissionais adotam está longe de ser educada e humana. Continuo sem entender a necessidade de desfazer a mala na minha frente! Se ninguém nunca pensou nisso, estou avisando: é humilhante!
Sem contar os comentários (que eu chamaria de chacota) sobre a quantidade de roupas, chocolate e biscoitos que eu havia levado...
Além disso, fui proibida de ouvir música, de ler meus livros, de usar meu tênis, de usar meu desodorante, muito menos minha fivela de cabelo! A resposta era "a psicóloga precisa autorizar". Sinceramente, não sei se existem psicólogos na Clínica Saint Roman... Pelo menos, nas 24 horas em que estive internada nenhum apareceu...
Pior é que você acaba descobrindo que não existe o que fazer lá: não se pode ouvir música, não se pode ler, não se pode usar a piscina porque está chovendo e porque seu protetor foi consficado e a melhor parte: NAO SE PODE DORMIR!
Não sou nenhuma alienada; entendo perfeitamente (como 2+2) o motivo da revista e da retirada de alguns bens da minha bagagem. Porém, o mínimo que se espera é um atendimento humano, profissional e efetivo. Eu pago plano de saúde para isso! Se fosse para ficar jogada numa cama sem acompanhamento médico, bastava parar de pagar e ir procurar um hospital do SUS!!!
Esperei 24 horas por retorno, por atenção, pela oportunidade de dormir em silêncio... Não existe silêncio lá! Se não for o barulho de obra, são os próprios funcionários rindo e conversando ou os internos jogando ping-pong. Meu pedido para ligar o ar condicionado a fim de abafar o barulho pareceu ter expirado na hora do café da manhã... Depois disso, sem prévia comunicação, desligaram e eu, mais uma vez, fiquei sem entender o porquê.... Não posso deixar de comentar a sutileza com que fui acordada para tomar café da manhã... A "leve" batida na porta e a "suave" pronúncia de CAFÉ DA MANHÃ me fizeram chorar! Eu só queria dormir!
Perdi as contas de quantas vezes me acordaram desta forma, mas posso garantir que foram mais de 15 em menos de 24 horas! Pessoas entravam e saíam, mas nunca para conversar comigo, para saber que, por ordens médicas, não tomo café, por exemplo...
Mas o estopim para a minha decisão de sumir desta Casa de Saúde em menos de 24 horas foi ser acordada às 8:30 pelo enfermeiro que queria abrir a janela e que me mandou sair da cama para pegar o remédio na farmácia. Perguntei se ele não poderia levar no meu quarto e ouvi uma frase interessantíssima vindo de um profissional da clínica que eu escolhi para fazer sonoterapia: "Lugar de dormir é em casa"!
Na verdade, só tenho a agradecer a esse rapaz. Pude perceber rapidamente que estava em um local em que não existe preparo algum para atender uma pessoa que precisa dormir. Tomara que esteja preparada para atender os demais casos!
Assim, imediatamente liguei para o meu pai para que ele me tirasse o mais rápido possível do local que esqueceu que o mais importante é tratar seres humanos e não doentes.
Pra completar, enquanto esperava minha família e tentava dormir, entrou alguém da limpeza (acredito eu) no meu quarto e fui agraciada ainda com 3 espirradas de "Bom Ar" dentro do quarto que estava com portas e janelas fechadas... Nem vou comentar o quão agradável foi a sensação....
Enfim, nesse pesadelo, perdi o direito de descansar!
Perdi ainda minhas lentes de contato e meus óculos de sol. E eu GARANTO que não foi nenhum paciente!
Ah, e voltei com a escova de cabelo quebrada porque insistiram que dentro dela poderia ter alguma coisa....

Dito tudo isso, chego no ponto que quero resposta: alguém na Casa de Saúde Saint Roman sabia o motivo de minha internação? Alguém na Casa de Saúde Saint Roman sabe o que significa sonoterapia? E mais: onde estão meus óculos de sol?
De antemão, respondo que não aceito a frase clichê "não nos responsabilizamos por objetos de valor".
O objeto em questão estava na posse de um funcionário desta Casa de Saúde e não de um paciente com tendências cleptomaníacas....
Para facilitar, os óculos de sol deveriam estar na mesma bolsa que durante mais de 10 minutos funcionários da Casa de Saúde Saint Roman afirmavam não estar lá!

De minha parte, como funcionária da XXX e como titular de seu plano de saúde, desaprovo a permanência da Casa de Saúde Saint Roman como credenciada do XXX. Como cidadã e ex-paciente, repassarei minhas indignação e desaprovação para todos.


Aguardo uma resposta.

Atenciosamente

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Desabafo 2...

Como disse pra um amigão, acho q esse médico era um ultrapassado posando de moderninho....

E um moderninho CARO!!!!


PAU NO CUUUUUUUUUUUUU!!!!!

hahaha....

Desabafo 1...

Aí no post de baixo está parte do e-mail que mandei para meu ex-médico - caro e conceituado.
Precisava expor isso....
Sabe aquela coisa de sexto sentido? Sempre impliquei com os erros de português dele e com os comentários controversos sobre dosagem de medicação....
O dia em que eu for PhD em alguma coisa espero ter mais conhecimento...
Como resposta ao meu e-mail, recebi um "fico muito triste com tudo que aconteceu" e um "você não deveria levar objetos caros para lá"... E a conta também... Mas isso é óbvio... O pior é pagar R$ 460,00 por ter chegado na clínica acompanhada por ele. NÃO HOUVE ACOMPANHAMENTO!!!! Se existisse, eu não teria passado por metade do que passei!
Como profissional, eu EXIGIRIA o tratamento correto!!!
Na visita que ele me fez para me dar alta, ele percebeu a dificuldade que eu tinha em descansar por causa da quantidade de vezes em que entravam em meu quarto... Acho que falta culhão nesse homem! Ele saiu e nada mudou! Ganhei 3 espirradas de "Bom Ar", cuja fragância nem merece meu comentário....
Mas a parte mais poética foi voltar pra casa da minha tia levando minhas roupas dentro de sacos de lixo!
Estou enraivecida ao cubo! E vou usar toda essa raiva para alguma coisa de útil! Não vou simplesmente deixar passar e aceitar que shit happens porque aquilo lá é uma instituição com fins lucrativos e que se diz voltada para a reintegração do paciente à sociedade!!!
Pau no cu!!!!
Quero meus óculos de volta!!!!! E ninguém pense que isso tem a ver com bem material!

Minha longa estada de 24 horas numa clínica psiquiátrica....

Acabei de chegar em Campos.
São cinco da manhã... Eu deveria estar dormindo e descansando, mas não consigo nem posso!
Estou aborrecida, enraivecida e me sentindo desrespeitada!
Minha indignação com o tratamento que me foi dado na clínica não diminui!
Saí de casa, excluí minha família do meu tratamento acreditando com todas as minhas forças que estar internada numa clínica psiquiátrica me faria bem.
Afinal, minha lógica e minha experiência de vida sempre me levaram a crer no profissionalismo das instituições.
Estou tentando entender até agora o que foi aquilo que aconteceu comigo nas últimas 24 horas.
Afinal, eu nunca estive numa clínica psiquiátrica (graças a Deus!). Tudo o que imaginei nessas semanas foram baseadas em situações observadas em filmes e livros e gostaria de ter sido preparada para o que aconteceria comigo a partir do momento em que eu assinasse minha internação! EU FUI POR LIVRE E ESPONTÂNEA VONTADE!!!!
Acreditei com todo meu coração que o médico me levaria para um lugar em que existissem pessoas com sensibilidade e profissionalismo suficientes para entender os cuidados e a atenção de que eu precisava.
Fiquei apavorada com o que eu encontrei e ainda continuo!
Não sei quando esse espanto vai passar!
Confesso que estou mais traumatizada com as 24 horas que passei trancada lá do que com todas as confusões da minha casa nos últimos dias....
Já na sala com a médica da clínica, eu percebi que daria errado e queria ter confiado no meu sexto sentido!
Foi humilhante ver 3 pessoas que eu nunca vi na vida revirando minhas coisas atrás de objetos "perigosos"! Existem formas e formas de se fazer isso e, com certeza, a que essa clínica ou esses profissionais adotam está longe de ser educada e humana.
Se a intenção era me deixar confusa, eles conseguiriam. Nem conseguia raciocinar mais sobre o q eu desejava ter comigo ou não.
Ouvi chacota pela quantidade de roupa e pela quantidade de comida que levei.
Me tiraram objetos pessoais que eu considero essenciais.
Não me deixaram guardar meus pertecentes na MINHA mala que tinha 3 cadeados e evitaria qualquer tipo de roubo.
Quebraram minha escova de cabelo para ter certeza de que nada "perigoso" estava escondido nela....
Se a intenção era quadruplicar minhas idéias sobre como me suicidar, eles conseguiram!
Até ontem o máximo em que eu pensaria seria em tomar Rivotril demais!
Hoje sei que meu tênis é perigoso! Assim, lembrarei para sempre de deixá-lo longe do alcance das crianças....
Não podia ouvir música, não podia ler meus livros, não podia usar tênis, não podia usar desodorante, não podia usar lente de contato, não podia usar minha fivela de cabelo.... Só quando uma psicóloga que nunca apareceu autorizasse! SE autorizasse!!! 24 horas numa clínica e só um enfermeiro apareceu para medir minha pressão.... Pode ser plano de saúde, mas eu pago por ele! Nessa palhaçada, perdi meus óculos de sol. E eu GARANTO que não foi nenhum paciente! Sei exatamente quem pegou nele pela última vez! Até porque a funcionária fez questão de dizer que eu não precisava deles lá!
Perdi minhas lentes de contato!
Perdi o direito de descansar!
Perdi as contas de quantas vezes me acordaram, mas posso garantir que foram mais de 15 em menos de 24 horas!
Tiveram também a gentileza de me avisar que lugar de dormir é em casa e não lá e que era pra levantar e ir buscar o remédio....
Outra gentileza foi espirrar Bom Ar no meu quarto comigo dormindo de janela e portas fechadas...
Não posso esquecer que a tal psicóloga finalmente teve a gentileza de aparecer depois que meu pai já tinha assinado minha saída.... Apenas para comentar que nós não tivemos "oportunidade" de nos conhecermos e para garantir que tudo o que estava na clínica já me havia sido devolvido... Graças a Deus ainda tive (e tenho) lucidez para afirmar categoricamente que faltavam coisas e milagrosamente meus livros e minha bolsa (QUE DEVERIA CONTER OS ÓCULOS) apareceram....
Na minha longa estada de 24 horas numa clínica psiquiátrica, a única coisa que eu me perguntava e que continuo querendo saber a resposta é: alguém sabia o motivo de eu estar lá? Alguém avisou que eu precisava dormir?
É esse o tratamento desumano dado ao um ser humano com problemas mentais ou viciado?
Sinceramente, não sei o que fui fazer lá... Com certeza, me tratar ou descansar é que não foi...

segunda-feira, 7 de maio de 2007

See ya in another life....

Oláááááá!

=D

Então, a maioria já deve saber um pouco, mas achei melhor esclarecer, afinal vocês são as pessoas com quem mais me importo.
Bem, tem gente que nasce com diabetes e passa o resto da vida tomando insulina. Graças a Deus eu não tenho diabetes! Mas, em compensação, não produzo serotonina e isso é genético. Tenho o que eles convencionaram chamar de depressão genética, mas a ciência não explica o porquê...
Enfim, nasci com essa insuficiência e morrerei com isso.
Pra quem não sabe, a serotonina é um neurotransmissor que desempenha um importante papel no funcionamento do nosso sistema nervoso central. Os neurotransmissores existem naturalmente em nosso cérebro e, como tal, servem para conduzir a transmissão de uma célula nervosa (neurônio) para outra. A serotonina tem como funções o controle da liberação de alguns hormônios
e a regulação do ritmo circadiano
(ritmo biológico humano), do sono e do apetite, entre outras.
Atualmente, a serotonina está intimamente relacionada aos transtornos do humor e a maioria dos medicamentos chamados antidepressivos age produzindo um aumento da disponibilidade dessa substância (tornam-na mais disponível) no espaço entre um neurônio e outro.
Até aí, tudo bem! Depressão se trata com antidepressivos, você vai embora do consultório e só volta SE algum dia sentir alguma coisa de diferente.
Mas por causa do efeito do antidepressivo (que te tira quase imediatamente da depressão, já que ao comunicação com os neurônios está tinindo!), você começa a se sentir a rainha da cocada preta por finalmente ter encontrado a “pílula da felicidade”.... Tudo são flores.... Uma borboletinha num jardim, o engarrafamento quilométrico que te dá a chance de pensar em como a vida é bela, o cara que não te procura no dia seguinte, mas que foi um gentleman na noite anterior... E daí? O que importa é viver um dia de cada vez!!!!
Então, chega o belo dia, em que você se dá conta que aquela “felicidade” que você sente está meio exagerada... Uma blusa, uma dose de vodka, uma fatia de pizza, um noitada por fim de semana já não te dizem nada! Você quer comprar não uma blusa, mas o shopping center todo, 6 doses de vodka são suficientes apenas para iniciar a noite, 5 pãezinhos de sal na hora do lanche são super bem-vindos (como aperitivos)! E os 22 quilos que vieram com essa bagunça também! Afinal, todo mundo te diz que você está em ótima forma!!!
Aí, mesmo tomando a “pílula da felicidade”, você acorda e o mundo é uma droga, teu melhor amigo te incomoda, o barulho da TV parece ter 50.000 W de potência e vai explodir sua cabeça! Você não acha o chão.... nem os amigos....
Isso acontece porque o antidepressivo fez você produzir altíssimas doses de serotonina e, de uma depressão, você passa para a mania pq o papo entre os neurônios começa a entrar em curto-circuito! Só que sem o antidepressivo, você cai na abominável depressão again!!! É uma bola de neve sem fim!!!
E agora? Essa é a pergunta que você se faz a cada 2 segundos.... É a pergunta mais solitária do ser humano!!! Pelo menos, é a minha.... Ninguém está preparado (nem eu!) para lidar com alguém que não consegue dormir há dias porque sua mente não consegue parar de funcionar! Sabe quando seu corpo está exausto, mas sua mente quer ir pra balada, quer resolver todos os problemas, xingar o cara da TV a cabo, levar todas as suas insatisfações pro Procon e sabe-se lá mais o quê? Rrs... Provavelmente você não sabe! E não queira saber! Só digo uma coisa: dói! Muito! E não é só de dor física que estou falando....
Então, um dia você consegue reunir forças (ou alguém faz isso por você) e você vai ao médico, não aquele que te atendia até agora (e que tava fazendo tudo errado), mas outro, mais caro e mais bem conceituado... E as longas conversas começam... 2, 3, 4 horas de papo até o médico conseguir traçar um diagnóstico: THB, a droga do transtono de humor bipolar!
A medicina explica isso como uma doença caracterizada por episódios repetidos de mania e depressão. Uma pessoa com transtorno bipolar está sujeita a episódios de extrema alegria, euforia, grande imaginação e humor excessivamente elevado (hipomania ou mania) e também a episódios de humor muito baixo e desespero, lentidão para conceber idéias e realizar (depressão), sendo que, nos casos muito graves, pode haver risco pessoal e patrimonial (meu saldo bancário sabe muito bem disso!!!!!). Entre os episódios é comum que se passe por períodos de normalidade. Deve-se também ter em conta que este distúrbio não consiste apenas de meros "altos e baixos". Altos e baixos são experimentados por virtualmente qualquer pessoa e não constituem um distúrbio. As mudanças de humor do distúrbio bipolar são mais extremas que aquelas experimentadas pelas demais pessoas.
Depois dessa explicação é que vem a bomba: há mais de 2 anos estou sendo medicada errado! Minha doença ou, pelo menos, a parte mais complicada dela, que é a mania, estava sendo mascarada esse tempo todo pela quantidade absurda de drogas que meu organismo ingeriu! Joga-se anos de remédios e esperanças no lixo pra começar do zero! E, para isso, preciso “limpar” meu organismo da quantidade de droga a que ele foi submetido e todos os seus efeitos colaterais: pressão alta, taquicardia, insônia, aumento de peso, irritação, sonolência, irritação, memória zero, retenção de líquido....
A primeira idéia era fazer essa desintoxicação em casa, perto da família, dos amigos e de tudo que me lembra conforto. Infelizmente, essa idéia não deu certo. Além de não ser um local estruturado para descanso 24 horas, sinto muuuuita falta da sensação que o antidepressivo me dava! Apesar de não ser drogada nem alcóolatra, estou me sentindo em abstinência!!!! Assim, se tudo ocorrer como planejado, quarta-feira estarei indo pro Rio de vez. Vou para uma clínica descansar muuuuito, sonoterapia all the time, sem contar que lá terei monitoramento constante!
De acordo com os médicos que me atendem, o transtorno bipolar é, hoje, perfeitamente tratável. Com o uso de medicamentos adequados e de apoio psicológico é perfeitamente possível atravessar períodos indefinidamente longos de saúde e ter vida plena. Entretanto, o tratamento exige acompanhamento profissional, o uso fiel e bem monitorado dos medicamentos adequados e o comprometimento do paciente em buscar para si uma vida melhor. O apoio e a compreensão da família ou de amigos chegados são de valor inestimável, afinal, amor nunca é demais.
Pra quem ainda não percebeu, estou abrindo meu coração e minha intimidade! Nunca fui de fugir dos meus problemas e não será agora que vou interpretar uma situação que não existe! Apenas conto com o carinho, a discrição e a sutileza de cada um de vocês! Sei que em bem pouco tempo voltarei a ser a Cris que todo mundo conhece!
Abraços e beijos!
Torçam por mim!

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Que saco!!!!

Repouso total significa nada de papo no tel!
EU NÃO QUERO CONVERSAR!!!
EU NÃO QUERO TER DE DAR RESPOSTA LÓGICA, MUITO MENOS CONVINCENTE!!
EU NÃO QUERO EXPLICAR QUE EU SUMI, MAS QUE NÃO Tô FAZENDO NADA DO TIPO ZUAÇÃO!!!
EU NÃO EXCLUI NINGUÉEEEEEEEEEEEEEM, CARALHO!
I just wanna stay alone...
Damn it!

terça-feira, 1 de maio de 2007

Sei lá...

Nesse período, já surtei, já chorei, já achei q estava tudo melhorando....
Acho que finalmente me explicaram o q eu tenho, como 2+2... Se bem que eu já achei isso outras vezes...
Sabe qdo dessa vez parece ser certa e vc sente q ñ é? Freud explica! Deve ser de tanto me decepcionar nas outras vezes... Cada comprimido q me deram nesses últimos 2 anos foram engolidos com 120% de esperança e confiança. E agora me dizem q o tratamento era errado, q os remédios me debilitaram...
E se esse tb for assim? Todos os dias acordo me sentindo mal: agitada e down ao mesmo tempo... A droga da bipolaridade mista, que só vai ter graça qdo alguém estiver lendo minha biografia... Enqto isso, me sinto hiper down num dia, irritada no outro, rebelde no dia seguinte... E sempre com a certeza de que estou há quilômetros do meu normal, q a essa altura eu já nem sei qual é!
No meio desse tsunami emocional, eu só sei que um dia esses posts serão apenas mais um de tantos outros no blog...